Resumo
Geógrafo - Rio de Janeiro (UFRJ). Geografia Física, Geomorfologia, Meio ambiente. Elmo da Silva Amador (1943, Itajaí SC – 2010, RJ) nasceu no município de Itajaí, Santa Catarina. Filho de pai português e marinheiro, Anselmo André Amador, e mãe também filha de marinheiro e descendente de açorianos, Paulina Maria da Silva Amador, na infância, sua família veio para o Rio de Janeiro, indo morar em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. O mar sempre esteve presente na vida do geógrafo, tanto pelos lugares que viveu e quanto pela sua raiz familiar. Desde muito jovem, Elmo demonstrava interesse pelas questões socioambientais e pela política, tendo militado pelo PCB. No início dos anos de 1970, graduou-se em Geografia pela UFRJ, e passou a lá lecionar na Geografia e na Geologia. Tornou-se mestre e doutor também na UFRJ: em 1975 concluiu o mestrado sobre "Estratigrafia e Sedimentação na Bacia do Resende", orientado por João José Bigarella; em 1997, sob orientação de Antônio Teixeira Guerra, defendeu seu doutorado sobre “Baía de Guanabara e ecossistemas periféricos : homem e natureza”. Militante político, Elmo atuou em grêmios estudantis e sindicatos, tendo se dedicado sobretudo à luta pela preservação da Baía de Guanabara, e a participação popular em sua gestão. A Baía de Guanabara foi seu principal objeto de luta política e de pesquisa, tendo publicado muitos artigos e proferido inúmeras palestras e comunicações técnicas. Realizou um rico levantamento histórico ambiental da Baía, assim como demonstrou e denunciou os impactos ambientais sofridos. Envolveu-se em vários movimentos para seu uso e preservação, tendo sido fundador do movimento Baía Viva, originário da APA de Guapimirim, obtendo importantes vitórias como, a inclusão da Baía de Guanabara na Constituição Estadual como Área de Preservação Permanente e de Relevante Interesse Ecológico e a Declaração da Baía de Guanabara como Patrimônio da Humanidade pelo Fórum Global, na RIO- 92. Exerceu relevantes cargos em órgãos públicos. Foi diretor do Instituto de Geociências da UFRJ, do Apoio Técnico Científico da FEEMA, do Apoio Técnico Científico da Associação Brasileira dos Estudos do Quaternário. Foi também pesquisador de importantes órgãos de fomento como CNPq, FAPERJ e FINEP. Suas duas ultimas obras foram “Bacia da Baía de Guanabara: Características Geoambientais, Formação e Ecossistemas" (2012) e "Baía de Guanabara: Ocupação Histórica e Avaliação Ambiental" (2013). Faleceu aos 66 anos.