Resumo
Foto: Folhapress. Aroldo Edgar de Azevedo (1910, SP – 1974, SP). Advogado e geógrafo. Geografia humana, Geografia do Brasil, Geografia urbana. Importante autor de livro didático. São Paulo (USP). Descendente de famílias da elite paulista, agrária e urbana, Aroldo de Azevedo, nasceu em 1910, em Lorena, SP. Filho de Arnolfo Rodrigues de Azevedo e de Dulce Lina da Gama Cochrane. Do lado paterno, pertenceu à elite lorenense, dominante desde antes do período da cafeicultura. Do lado materno, a aristocracia urbana foi sua descendência. Sua mãe era filha do destacado engenheiro ferroviário e parlamentar do Império, de tradicional família paulistana monarquista. Com nove anos, mudou-se de Lorena para Rio de Janeiro. Cursou ciências jurídicas na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, formando-se em 1931. Em 1934, publicou seu primeiro livro didático, Geografia humana para cursos pré-jurídicos. Em 1935, casou-se com Maria Gertrudes Duff e mudou-se para acidade de São Paulo. Nesse mesmo ano, passou a lecionar Geografia no Collégio Universitário da USP. Em 1936, ingressou como aluno do Departamento de Geografia e História da então recém-fundada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, formando-se em 1939. Em 1942, passou a dar aula nesse mesmo curso em que se formou, como professor de Geografia humana e, em 1945, passou a professor catedrático de Geografia do Brasil, com a tese “Os Subúrbios Orientais da Cidade de São Paulo”. A partir de São Paulo, Azevedo desempenhou um papel extremamente importante na Geografia científica brasileira (1930-1965). Assumiu importantes atividades docentes e administrativas na USP e fortaleceu uma grande rede institucional nacional. Foi um dos primeiros sócios e articuladores da AGB e o responsável pela publicação do Boletim Paulista de Geografia. Publicou inúmeros livros didáticos, com muitas edições, de grande circulação nacional. A partir da USP, Azevedo divulgou e fortaleceu a Geografia científica moderna no Brasil, de matiz francesa, influenciando uma enorme geração de geógrafos e de professores de Geografia. Faleceu em 1974, aos 64 anos. Sua morte foi noticiada nos principais jornais do país como o autor mais importante de livros didáticos de Geografia, o pioneiro no estudo da Geografia moderna no Brasil e o maior incentivador da Geografia urbana brasileira.