Resumo
Ecologia, Geografia – Rio de Janeiro, Pará (IBGE, Museu Nacional, Mueu Goeldi). Walter Alberto Egler (1924,RJ - 1961-Pará/Amapá), filho de família imigrantes europeus, pai alemão e mãe francesa. Graduou-se em Agronomia na Escola Nacional de Agronomia (1945-1948). Em 1947 ingressou como estagiário no Conselho Nacional de Geografia, IBGE, e sob orientação do fitogeógrafo canadense Pierre Dansereau auxiliou na montagem do Setor de Biogeografia, juntamente com Alceu Magnanini, Fernando Segadas Viana, Dora Romariz e Edgar Kulmman. Casou-se com Eugênia Gonçalves Elger (geógrafa, IBGE). No IBGE trabalhou também com o geógrafo alemão Leo Waibel, que estava no Brasil na época desenvolvendo pesquisas que associavam colonização, ocupação agrária e biogeografia regional (método regional). Ambos o Dansereau e Waibel exerceram importante influência na formação de Walter Egler. Em 1952, por intermédio de biólogo e ecologista Fernando Segadas Viana, foi para o Museu Nacional para criar uma Divisão de Botânica e Biogeografia do Museu. Entretanto, em função problemas institucionais, Elger não conseguiu criar este setor, ingressando no Jardim Botânico, por concurso para o cargo de naturalista. Em 1955, com 30 anos, a partir do convite de José Cândido de Carvalho foi dirigir e e revitalizar o Museu Paraense Emílio Goeldi, que em 1954 passaria para a supervisão do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), subordinado ao CNPq. No período que esteve a frente do Museu (1954-1961) atuou de forma significativa para sua revitalização: recuperou instalações e o parque zoo-botânico; manteve e ampliou o acervo; dinamizou a pesquisa implantando laboratórios, ampliando a presença de técnico e cientistas, e realizando inúmeros trabalhos de campo e expedições na Amazônia. Foi justamente em uma dessas expedições para realização de levantamento florístico de toda a região do Pará, na parte encachoeirada do alto Rio Jari, em 1961, que Walter Egler faleceu prematuramente, em um acidente na cachoeira do Macacoara. Seus filhos, Claudio Elger e Silvia Egler fizeram escolhas profissionais muito próximas ao pai. Cláudio tornou-se geógrafo, Silvia, bióloga. A filha de Silvia, Mariana Egler, bióloga dedicada à ecologia.