Resumo
Médico, Jornalista, Político, Geógrafo (Universidade do Brasil). Josué Apolônio de Castro (1908, Recife – 1973, Paris), filho de Manoel Apolônio de Castro e Josepha Carneiro de Castro. Em 1932, torna-se Livre-Docente em Fisiologia na Faculdade de Medicina do Recife. Entre 1933 e 1935, foi professor Catedrático de Geografia Humana da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais do Recife. Em 1932, Josué torna-se Livre-Docente em Fisiologia na Faculdade de Medicina do Recife com a tese, O Problema Fisiológico da Alimentação no Brasil, sobre as necessidades específicas da alimentação no contexto brasileiro. Entre 1933 a 1935 foi professor Catedrático de Geografia Humana da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais do Recife. Entre 1935 e 1938, foi professor Catedrático de Antropologia da Universidade do Distrito Federal no Rio de Janeiro, lecionando a Antropologia Física. Entre 1940 e 1962, foi professor Catedrático de Geografia Humana da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), exercendo também no período múltiplas atividades e cargos políticos de reconhecimento internacional. Seu primeiro trabalho em Geografia foi a tese para ingressar nessa Universidade “Fatores da Localização da Cidade do Recife”, publicado em 1948. Entre 1939 e 1945, Josué de Castro organizou cursos e debates sobre Alimentação e Nutrição no Departamento Nacional de Saúde Pública e na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil. Foi eleito, em 1942, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição. Criou também o Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS) . Seu prestígio intelectual já estava consolidado no final dos anos 40, com a publicação de Geografia da Fome, em 1946, e posteriormente Geopolítica da Fome, 1951, traduzida em 19 idiomas e lhe conferiu importantes prêmios, como o Roosevelt e o Internacional da Paz. Em 1954, candidatou-se a deputado federal pelo estado de Pernambuco, pelo Partido Trabalhista Brasileiro, tendo sido eleito com expressiva votação. Apoiou o programa desenvolvimentista de Juscelino Kubitscheck (1955-60) e participou da Frente Parlamentar Nacionalista. Entre 1962 e 1964, torna-se embaixador do Brasil na ONU, em Genebra. É cassado pelo Regime Militar, indo para o exílio da França em 1964, onde falece em 1973, com 65 anos. Sua produção foi extensa, iniciando em 1932 e terminando dois anos antes de sua morte, em 1971, publicou 31 livros, com várias edições.